A lição dessa nova semana vem com o título: “Evangelismo Pessoal e Testemunho”. Aqui você encontrará um BREVE
comentário de alguns pontos em destaque, portanto a leitura do mesmo não
substitui o estudo diário da lição da escola sabatina.
Verso para Memorizar: “Vocês
são Minhas testemunhas, declara o Senhor, e Meu servo, a quem escolhi” (Is
43:10).
Nosso relacionamento diário com Cristo é a verdadeira base de tudo o
que temos para compartilhar.
Leia Atos 4:13-14. Pedro e João foram levados perante o órgão
eclesiástico mais poderoso de sua nação. Os dirigentes do Sinédrio – entre os
quais estavam os sumos sacerdotes Anás e Caifás, escribas, anciãos e os membros
da família do sumo sacerdote – perguntaram qual era o poder pelo qual esses
dois homens pregavam e curavam.
Cheio do Espírito Santo, Pedro apresentou uma defesa eloquente. A
Bíblia registra que os anciãos fizeram quatro coisas em resposta ao testemunho
de Pedro. Em primeiro, ele perceberam a intrepidez de Pedro e João. Eles não
poderiam ter percebido isso se Pedro e João não tivesses transmitido seu
testemunho. Os dois discípulos não deixaram de falar. Dedicados de modo
apaixonado e fiel ao evangelho, eles buscaram compartilhar sua mensagem
libertadora, não importando as ameaças à sua vida. No dia anterior, eles haviam
pregado destemidamente sobre a ressurreição, e o efeito sobre o povo havia sito
tão poderoso que, apesar da prisão pública de Pedro e João na área do templo, “muitos
dos que tinham ouvido a mensagem creram” (v. 4). Prender os dois homens parecia
ser a solução perfeita para sufocar o interesse despertado pelo evangelho.
Afinal, quem desejaria se unir a um grupo separado que trazia o risco de perda
temporal, prisão e possivelmente a morte? Se os saduceus pensavam que prender
os discípulos serviria para intimidar as pessoas, a estratégia produziu o
efeito contrário, pois “o número dos homens que creram (chegou) perto de cinco
mil” (v. 4).
Em segundo lugar, os líderes sabiam que Pedro e João não tinham sido
educados nas escolas rabínicas e não tinham recebido treinamento formal na
teologia do Antigo Testamento. Em vez disso, eles falaram pela unção do
Espírito Santo (v. 8), salientando a importância daquele que conhecemos acima
daquilo que sabemos. Isso não sugere que o conhecimento bíblico e o treinamento
adequado não sejam essenciais, porque eles são. Mas, sem a influência do
Espírito Santo para abençoar nosso treinamento e esforços, essas coisas, nas
palavras do apóstolo Paulo, não significam “nada” (1Co 13:2,3).
Em terceiro lugar, os dirigentes ficaram maravilhados. Como esses
homens incultos, destreinados, falaram com tanta ousadia, autoridade, poder e
influência? De onde surgiram essas qualidades?
A resposta, a Bíblia nos diz, foi clara e imediata na mente dos
governantes. E isso nos leva ao quarto ponto da resposta dos líderes. Eles
compreenderam, sem dúvida, que Pedro e João “haviam estado com Jesus” (At
4:13). A face de Moisés brilhava quando ele desceu a montanha carregando as
tábuas da lei, testemunhando o fato de que ele havia estado em comunhão com o
Senhor. Quando passamos tempo com Deus,
Ele deixa sinais visíveis da Sua presença em nossa vida para que os outros
percebam. “Vendo com eles o homem que foram curado, nada tinham que dizer
em contrário” (v. 14). Por que isso silenciou os dirigentes? Não havia nenhuma
forma pela qual Pedro pudesse ter forjado o milagre. O homem havia sido coxo “desde
o ventre de sua mãe” (At 3:2). A coragem com que Pedro e João falaram, apesar
de não terem recebido instrução na escola dos rabinos e a cura milagrosa do coxo,
foram claras evidências do Espírito Santo em sua vida, apontando de modo
incontestável para o fato de que esses dois homens haviam estado com Jesus.
Relembre João 1:37-39. Uma das primeiras coisas que os primeiros discípulos
de Jesus fizeram, como está descrito no primeiro capítulo de João, foi levar
outros a Cristo. Esse foi um resultado direto do fato de que Jesus os atraiu a
Si mesmo. Como o Senhor disse de Si mesmo a Moisés: “Aquele a quem escolher fará
chegar a Si” (Nm 16:5).
Observe o método de Jesus para fazer discípulos. Quando André e João O
seguiram, Cristo Se voltou para eles e perguntou: “O que vocês querem?” (Jo
1:38). A partir dessa questão bastante simples, aprendemos o valor de buscar
avidamente cativar o interesse daqueles que são atraídos para nossa esfera de
influência. Observe também a natureza da questão em si. Ela foi direta, sem ser
violenta nem arrogante; envolveu um convite, mas sem constrangimento. Implicou
também que Jesus realmente estava interessado em ouvir a resposta deles e em conhecê-los
pessoalmente.
Em seguida, Jesus os convidou a contemplar Sua vida. Uma vez que o
interesses deles foi declarado, Jesus aproveitou a oportunidade, enquanto a
chama da curiosidade estava acesa, para convidá-los a ver onde Ele morava. Esse
foi um convite para ir e testemunhar em primeira mão Sua vida de abnegação e
sacrifício. Jesus era um anfitrião agradável. Generosamente, Ele abriu Sua vida
e Seu coração para eles. Isso nos mostra como o Senhor valoriza cada indivíduo
e a importância do toque pessoal ao tentar alcançar outra pessoa. A partir
desse contato pessoal, Jesus transformou a curiosidade ávida em um genuíno e
sincero desejo de se unir ao Seu ministério.
Outra lição valiosa foi revelada ali. André e João se voltaram para
Jesus porque estavam procurando o Cordeiro de Deus. Isso significa que eles já
O estavam procurando, mas não tiveram a sabedoria para discernir quem era Jesus
na multidão em torno de João Batista. Quando o Batista apontou Jesus para eles,
sua curiosidade foi despertada o suficiente para que seguissem Jesus.
Há muitos que nos “seguem” em
nossa vida diária. Seguem-nos com os olhos e os pensamentos, observando o que
dizemos e fazemos e avaliando e julgando nossa vida. Assim como João
Batista fez, o Espírito de Deus pode impressionar seu coração a contemplar o “Cordeiro
de Deus” (v. 29) em nós. Eles podem se aproximar de nós, querendo saber mais
sobre quem somos, sem perguntar diretamente. Como Jesus, podemos fazer uma
pergunta que implique em interesse em suas necessidades. Podemos oferecer-lhes
nossa hospitalidade. Perceba que Jesus não realizou nenhum milagre visível a
fim de atrair André e João. Nenhum milagre ocorreu, exceto os simples milagres
da cortesia, hospitalidade e bondade. Que esperança isso deve dar aos que, por
não serem grandes evangelistas ou pregadores, pensam que ninguém se preocuparia
em ouvi-los! Apenas um humilde convite foi estendido, um convite que nós também
podemos apresentar: Venha, veja por si mesmo!.
Bons estudos!
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