Segue um breve comentário da lição dessa nova semana, que tem como
título: “Preservando Relacionamentos”.
Conceito-chave para o
crescimento espiritual: A terna preocupação de Paulo pelos crentes de
Tessalônica é um exemplo do tipo de relacionamento afetuoso que Deus deseja
desenvolver em nós para com as pessoas a quem ministramos.
Para muitas pessoas, evangelismo significa apenas alcançar um alvo de
batismo. Embora os batismos sejam importantes, por vezes os novos conversos são
esquecidos depois do batismo. Com poucos amigos verdadeiros na igreja, os novos
membros muitas vezes acabam abandonando a igreja não muito tempo depois. A
lição desta semana é um lembrete importante de que o verdadeiro evangelismo
deve resultar na formação de relacionamentos estreitos e que durem para sempre.
O que vamos falar agora é normal acontecer o tempo todo. Uma série de
reuniões evangelísticas resulta em novos conversos entrando pela porta da
frente e, no entanto, pouco tempo depois, desaparecem pela porta dos fundos.
Frequentemente, o problema não é que os novos crentes deixem de acreditar, mas
que eles nunca se sentiram realmente parte da igreja. Eles podem ter unido à
igreja intelectualmente, mas não relacionalmente. Eles podem ter se sentido
abertos para desenvolver um relacionamento com o evangelista ou pastor, mas uma
vez que as reuniões terminam e a vida na igreja volta ao normal, eles se sentem
como a pessoa que fica de fora na brincadeira musical das cadeiras. Sem
relacionamentos estreitos com seus líderes espirituais, eles não têm o
envolvimento pessoal que poderia ter ajudado a ancorá-los em sua nova decisão.
Analisando os textos bíblicos sobre o tema com base na lição:
Uma leitura atenta de Atos também revela os nomes e alguns detalhes
sobre três entre os novos crentes de Tessalônica. A primeira pessoa que
encontramos é Jasom, que havia hospedado Paulo. Parece que Jasom era judeu de
língua grega, dando o fato de que esse nome era comum entre os homens judeus,
que, como Paulo, cresceram fora da Palestina. Jasom deve ter sido um home de
recursos, porque sua cara era grande o suficiente para hospedar Paulo e para
servir de igreja. Os outros dois nomes são apresentados mais tarde em Atos:
Aristarco e Secundo. De acordo com Atos 20:4, esses dois homens eram de
Tessalônica e tinham sido nomeados para viajar com Paulo a Jerusalém, levando
um donativo financeiro destinado a demonstrar a boa vontade e a unidade das
igrejas dos gentios para com seus irmãos judeus em Jerusalém. Secundo foi um
cristão gentio (seu nome romano significa o “segundo” filho de seu pai).
Aristarco foi um judeu cristão (Cl. 4:10,11) que se havia tornado amigo próximo
de Paulo. Ele acompanhou Paulo nas viagens e até compartilhou de sua prisão.
Problema em Tessalônica – De acordo com Atos 17:5, o
sucesso de Paulo em Tessalônica enfureceu alguns dos judeus que não foram
convencidos por sua mensagem. Com inveja do sucesso de Paulo entre os gentios,
e certamente não muito felizes porque alguns de seus compatriotas se haviam
unido a Paulo, eles decidiram recorrer à ajuda de “alguns homens maus dentre a
malandragem” para incitar confusão. Em grego, a expressão “homens maus dentre a
malandragem” significa literalmente “homens do mercado”. Refere-se a um grupo
de bandidos desempregados que andava pelo mercado à procura de algo para fazer.
Que contraste em relação às pessoas que responderam ao evangelho de Paulo!
De acordo com Lucas, esses desordeiros invadiram a casa de Jasom a fim
de arrastar Paulo para a multidão (17:5). A palavra grega traduzida como “povo”
ou “multidão” (demos), pode também se referir à assembleia pública de cidadãos,
que tinha autoridade sobre questões legais locais. Não podendo colocar as mãos
em Paulo, decidiram arrastar Jasom e outros irmãos diante dos magistrados
locais. Quando eles chegaram, apresentaram duas acusações contra Paulo: 1) que
Paulo era um perturbador itinerante com um histórico de causar problemas em
outras cidades, 2) que Paulo era culpado de sedição por afirmar que Jesus, não
César, era o rei. Suficientemente alarmados pro essas acusações, os magistrados
baniram Paulo e Silas da cidade e exigiram que Jasom pagasse algum tipo de
taxa, a fim de garantir que os dois homens não mais voltariam.
A Preocupação de Paulo para com os Novos Conversos – A saída
repentina de Paulo de Tessalônica o deixou angustiado a respeito do bem-estar
espiritual de seus novos conversos. O que havia acontecido com eles: Depois de
semanas andando de uma cidade para outra, preocupando-se com a situação dos
crentes a quem ele tinha deixado de moto tão repentino em Tessalônica, Paulo
estava emocionalmente abatido. No espaço de apenas alguns versos, em 1
Tessalonicenses 2:17-3:10, ele falou repetidamente sobre sue desejo de vê-los,
sua angústia, sua aflições, e mencionou duas vezes sua incapacidade de suportar
esse faro por mais tempo. Outro vislumbre interessante do estado mental de
Paulo é a maneira pela qual ele descreve sua partida repentina de Tessalônica
(1Ts 2:17). A expressão “privado” (RC) vem de uma palavra grega (aporphanizõ) e significa “tornar órfão”
uma pessoa. Em outras palavras, Paulo comparou a profunda angústia que sentia com
a de um pai afastado de seu filho. Nesse estado mental, Paulo certamente deve
ter se perguntado se ele e seus companheiros realmente haviam sido chamados por
Deus para a Macedônia (At 16:9,10).
A melancolia que ameaçava submergir Paulo e Silas foi superada pelo
relatório positivo de Timóteo sobre a situação em Tessalônica. O fato de que o evangelho
tinha criado raízes nessa cidade, apesar da adversidade e perseguição, renovou
a confiança deles de que Deus os havia de fato chamado à Macedônia.
Bons estudos
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