A lição para essa nova semana vem com o título: “Preparação para Evangelizar e Testemunhar”. Aqui daremos uma breve
pincelada nos assuntos que são destaques, portanto, a leitura deste artigo não
substitui o estudo diário da lição.
Verso Para Memorizar:
“Disse Jesus: ‘Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens’” (Mt 4:19).
Pensamento Chave da Lição:
Jesus nos capacita com o conhecimento, habilidades e treinamentos necessários
para sermos testemunhas eficientes.
O destaque desse comentário vai para a lição de segunda-feira. Leia
Mateis 14:13-21. A alimentação dos cinco mil deu aos discípulos de Cristo a
oportunidade de observar, em primeira mão, muitas lições valiosas que podiam
ajudar a prepará-los para seu futuro ministério. No entanto, não apenas o
milagre em si, mas o contexto em que ele ocorreu trazem lições importantes para
nós, assim como aconteceu com eles.
Em primeiro lugar, o milagre ocorreu pouco depois que João Batista foi
decapitado. A Bíblia diz que quando Jesus ouviu essa notícia, Ele Se retirou
para um lugar deserto. Jesus, plenamente divino e plenamente humano, estava
sentindo os efeitos diretos e a maldição final do pecado – a morte, uma
condição não natural. Ele era luz, ordem e vida. A morte era trevas, desordem e
destruição. Mas, como homem, Ele teve que Se deparar com a morte de João e não
fazer nada para revertê-la. Ele poderia ter proferido a frase que iria
recolocar a cabeça de seu primo, separada do corpo pelo carrasco de Herodes. Em
vez disso, Jesus suportou a perda a fim de experimentar plenamente o que
significa ser privado de um ente querido pela espada da injustiça e crueldade
insensível, a fim de compartilhar plenamente das tristezas e dores dos seres
humanos e estar habilitado para confortá-los.
Além disso, Ele suportou tudo isso para anunciar às futuras gerações
que se unissem à Sua causa que alguns seriam chamados a sofrer a morte de
mártir, e que todos os que desejassem ter uma vida piedosa suportariam perseguição.
A grande lição para Seus discípulos é que Jesus, o Criador de nossas emoções,
não negou Suas próprias emoções.
Mas, para Jesus, as coisas jamais foram tão fáceis quanto são para
nós. Jesus nem mesmo podia sofrer como um homem normal. Não sem interrupções.
Em primeiro lugar, os doze voltaram da pregação do evangelho, com
muita necessidade de contar a Jesus sobre sua experiência. Ele percebeu que
eles estavam esgotados e não tinham sequer separado tempo para comer. Cuidou
das necessidades deles, convidando-os a ir para um lugar tranquilo onde
pudessem descansar, comer e conversar, longe das multidões ruidosas. Aqui havia
outra lição para Seus discípulos naquele tempo e também para os de hoje. Ele
demonstrou o respeito e a compaixão que líderes e pastores devem estender aos
membros de sua equipe. Ele cuidou primeiramente das necessidades deles. Quando
eles estavam em perigo de trabalhar excessivamente, os levou à parte para
descansar e se renovar, para que reunissem forças para a prova seguinte. Jesus
comungou com eles, ouvindo suas experiências, reafirmando Seu interesse em seus
esforços e incutindo neles o sentimento de responsabilidade pelo trabalho feito
para Ele.
Jesus foi interrompido novamente. Dessa vez, quando a multidão
apareceu no local de refúgio, os discípulos estavam ali para testemunhar, em
primeira mão, como Jesus lida com a intrusão. Jesus poderia ter reagido com
irritação. Em vez disso, a Bíblia nos diz que Ele reagiu com compaixão. Esse
amor O habilitava a sempre perceber as verdadeiras necessidades das pessoas.
Elas pareciam como ovelhas sem pastor. E, como tais, Ele as viu não como intrusas,
mas como uma oportunidade para dar-lhes o pão da vida. E nada lhes negou: curou
seus enfermos e lhes ensinou muitas coisas. Assim Jesus deu uma demonstração
visível de como lidava graciosa e abnegadamente com aqueles a quem Ele
procurava salvar, mesmo nos momentos mais estressantes.
A noite estava chegando, e os discípulos procuravam instruir Jesus
dizendo que era hora de mandar o povo embora. Aqui está uma lição importante
para nós: sempre que nós, os alunos, procuramos ensinar a Jesus, o Mestre, o
que Ele deve fazer ou a maneira de fazer as coisas, esquecemos qual é o nosso
lugar. Devemos nos sentar aos pés de Jesus em humilde submissão, esperando pacientemente
por Sua instrução. Os discípulos reconheceram a fome e a exaustão da multidão. No
entanto, parece que eles tinham se esquecido de que essa havia sido a sua
própria condição pouco tempo antes. A terna preocupação de Jesus pelas
necessidades dos discípulos devia ter inspirado neles a preocupação pelos
outros. Mas, em vez disso, em sua imperfeita sabedoria humana, eles disseram a
Jesus que despedisse a multidão.
Observe a resposta de Jesus. Ele poderia ter repreendido severamente
os discípulos por sua falta de compaixão. No entanto, Ele não censurou a
fraqueza deles nem desabafou Sua frustração com sua dureza de coração. Em vez disso,
sendo sempre o grande Mestre, Ele procurou usar o momento para instruí-los
acerca do altruísmo em cuidar dos outros e prover suas necessidades, assim como
Ele havia procurado suprir as necessidades dos discípulos anteriormente. Quanta
bondade em que, apesar da fraqueza dos discípulos, Jesus não os constrangeu em
frente à multidão! Em vez disso, Ele procurou usar as falhas deles como uma
ferramenta para aperfeiçoar a compreensão deles e os reabilitar por meio de uma
grande lição sobre a maneira bondosa pela qual Deus supre todas as nossas
necessidades.
Jesus poderia ter transformado as pedras aos Seus pés em pães ou ter
feito o maná cair do Céu. Mas, Se ele tivesse feito isso, teria privado os
discípulos da lição valiosa pela qual mostrou a importância de unir os esforços
deles aos Seus. A lição nos cinco pães e dois peixes serve para mostrar que, na
obra de Deus, tudo o que levarmos a Ele jamais será suficiente para realizar o
trabalho. Mas, quando unimos aos dEle os nossos recursos, embora
insignificantes, Ele pode operar miraculosamente para multiplicar nossos
talentos e dons em Seu serviço.
Os discípulos estavam ocupados considerando a magnitude da multidão e
a insignificância dos recursos entre eles. Mas Jesus, o pão da vida, estava “olhando
para o Céu” (Mt 14:19). Ele demonstrou aos discípulos para onde seus olhos, e
os nosso, devem estar voltados, eternamente. Olhando para a Terra, não podemos
ver o que Deus fará por nós. Olhando para o Céu, não deixaremos de ver como
Deus suprirá o que nos falta em cada circunstância, se apenas colocarmos o que
temos em Suas mãos.
Bons estudos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário