A lição dessa nova semana tem como título “Amigos para Sempre”. Segue um breve comentário de alguns pontos
principais da mesma. Vale lembrar que a leitura deste artigo não substitui o
estudo diário da mesma.
Verso para Memorizar:
“Que seja o vosso coração confirmado em santidade, isento de culpa, na presença
de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os Seus santos”
- I Ts 3:13.
Conceito-chave: A
preocupação de Paulo com o bem-estar espiritual dos crentes em Tessalônica
ilustra os laços de companheirismo e estreita amizade que unem a vida dos
seguidores de Deus.
Enriquecendo a lição: Entre 1955 e 1965, um psicólogo americano chamado Harry Harlow realizou uma série de testes de isolamento social com filhotes de macacos pelo período de até um ano. Cada macaco foi separado da mãe ao nascer e foi impedido de desenvolver outros relacionamentos. Eles foram divididos em dois grupos. O primeiro grupo experimentou um isolamento parcial, crescendo em gaiolas individuais de arame. O segundo grupo, porém, experimentou isolamento total de qualquer outro ser vivo. Em seguida, em vários momentos, alguns dos macacos, em teste foram apresentados a outros macacos. Os resultados dos testes foram chocantes.
Embora nenhum macaco tivesse morrido durante o isolamento, cada um
deles desenvolveu graves problemas psicológicos devido à falta de socialização.
Quando os macacos foram colocados em sociedade, eles frequentemente
experimentaram choque emocional, caracterizado por comportamento como:
autoagressão, agitar o corpo de um lado para outro e a incapacidade de formar
relações sociais normais. Para alguns, o choque foi tão esmagador que eles se
recusaram a comer e acabaram morrendo. O relatório da autópsia especificou como
causa da morte a anorexia emocional. Dependendo da extensão de seu isolamento,
alguns macacos experimentaram uma recuperação limitada, com uma exceção: os
testes determinaram que doze meses de isolamento praticamente eliminaram
qualquer chance de recuperação social (Harry F. Harlow et al., “Total Social
Isolation in Monkeys”, Proceedings of the National Academy of Sciences
[Isolamento Social Total em Macacos, Anais da Academia Nacional de Ciências],
54.1; 1965, p. 90,92,94). Embora os testes realizados pelo Dr. Harlow sejam
certamente inquietantes, os resultados não devem ser tão surpreendentes. A
história da criação deixa claro que Deus colocou em todas as Suas criaturas –
seres humanos, aves e animais – a necessidade de relacionamento e comunhão de
uns com os outros.
O Destruidor da Comunidade – relembre 1Ts 2:17-20.
Segundo Lucas, o ministério de Paulo em Tessalônica teve um fim repentino
quando as acusações e um grupo de judeus furiosos incitaram as autoridades
locais a expulsar Paulo de Tessalônica. Em sua carta aos Tessalonicenses, Paulo
se referiu a esse evento, mas ele o considerou de uma perspectiva diferente. A
origem do problema que o estava impedindo de voltar a Tessalônica não era uma
lei da cidade nem um grupo de judeus enfurecidos. Não! Segundo Paulo, o
problema foi devido às obras de Satanás. Ele era a fonte principal por trás de
todos esses eventos. Embora Paulo tivesse se referido a Satanás apenas algumas
vezes em suas cartas, sua menção aqui é importante porque aponta para o grande conflito
que está sendo travado nos bastidores da história da Terra. Em particular,
vemos aqui os esforços do inimigo para impedir a vida em comunidade entre os
seguidores de Deus.
Desde a criação dos seres humanos, Satanás tem planejado e conspirado
para arruinar o plano de Deus de que Seu povo vivesse em uma comunidade unida
com Ele e uns aos outros. Ele teve sucesso no início colocando Adão e Eva contra
Deus e um contra o outro. E desde aquele fatídico dia no Éden, Satanás sabe
que, quando os seguidores de Deus se unem há um tremendo poder para o bem, não
deve ser nenhuma surpresa que ele trabalhe arduamente para causar separação,
divisão, alienação e hostilidade entre o povo de Deus. Claro, Satanás não deve
receber toda culpa por isso. Desde que o pecado afeta toda a humanidade, muitas
vezes estamos dispostos a promover os planos do maligno mesmo sem sua motivação.
O Desejo de Companheirismo – Lei 1 Ts 3:1-13. Você já se
sentiu isolado e sozinho no meio de um grupo de pessoas que você não conhecia
ou no qual não se sentia confortável, e desejou ter pelo menos um grande amigo
para lhe fazer companhia? Parece que o apóstolo Paulo se sentiu assim em Atenas,
depois de decidir enviar Timóteo de volta a Tessalônica para verificar como
estavam os novos conversos. Embora seja difícil relacionar todos os eventos de
Atos com os de 1 Tessalonicenses, parece que, quando Timóteo partiu para
Tessalônica, Silas ainda não havia se encontrado com Paulo. Esse encontro não
ocorreria até que Paulo chegasse a Corinto algum tempo depois (At 17:15, 18:5).
Isso significa que Paulo mais uma vez estava sozinho em uma cidade idólatra,
privado de qualquer companhia cristã, uma situação que ele particularmente não
apreciava (At 17:16). Por mais desconfortável que fosse essa situação para
Paulo, ele estava disposto a fazer um sacrifício, desejando ouvir notícias
sobre seus amigos de Tessalônica.
Paulo queria que Timóteo fizesse três coisas por ele, coisas que,
aliás, deveriam ocorrer em todo relacionamento cristão. Primeiro, quis que Timóteo confirmasse e exortasse (1Ts 3:2) os
tessalonicenses em sua fé. A palavra traduzida como confirmar significa “tornar firme” ou “sustentar”. A palavra exortar significa literalmente encorajar
alguém, caminhando ao seu lado para apoiá-lo. Uma vez que Paulo não podia
viajar para Tessalônica, ele quis que Timóteo fizesse o que ele mesmo gostaria
imensamente de fazer. Segundo, ele
quis que Timóteio falasse palavras de encorajamento e apoio que ajudassem os
novos crentes a se manter na fé em Jesus durante os tempos difíceis que
enfrentavam. Mais do que isso, em terceiro,
Paulo também quis que Timóteio verificasse detalhes pessoais sobre a situação
deles. O que havia acontecido na ausência de Paulo? Eles estavam conseguindo
resistir? Como eles estavam lidando com as tentações? Fortalecer, apoiar e se
preocupar com as experiências de vida dos outros: esses são três dos blocos fundamentais
para construir os relacionamentos que Deus deseja que Seus seguidores experimentem.
Bons estudos!
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